O Cine Boa Praça prima pelo cuidado na curadoria dos filmes exibidos. Considerando que somos um projeto que busca reunir a familiares e amigos diante da grande tela, em espaços públicos abertos às comunidades, a escolha dos temas das narrativas precisa contemplar uma ampla faixa etária, que vai de crianças bem pequenas a pessoas de mais idade. Um bom exemplo é Viva, a vida é uma festa (2018, direção  Adrian MolinaLee Unkrich), ou Coco, no original.  A animação conta a história de Miguel, um garoto mexicano de 12 anos fascinado por música e que quer muito ser um artista como o seu ídolo Ernesto de La Cruz, já morto e muito famoso no vilarejo. Mas, para realizar seu sonho, precisa enfrentar a família, que proíbe qualquer contato com a música. 

Determinado, ele se arrisca em uma aventura e acaba descobrindo um segredo que percorre várias gerações dos Rivera. E tudo isso acontece no dia de Los Muertos, bastante celebrado no México, com muitas festas tradicionais e rituais para relembrar os que partiram.

A animação brinca com a morte, imprimindo no mundo de caveiras dançantes e engraçadas um colorido tão intenso que nos faz acreditar que morrer não é assim tão ruim… Desde que não sejamos esquecidos. Miguel e sua bisavó, que sofre de demência senil, são os protagonistas dessa história divertida e emocionante que projeta na tela um desejo comum a todos nós: permanecer na memória de nossos entes queridos. A importância da memória, da tradição, dos ancestrais e das narrativas familiares em nossas vidas é o tema central da animação. Confiram aqui no Papo de Cinema do Cine Boa Praça o que o Luigi e o Danilo, de Arujá, têm a dizer sobre o filme e sobre o nosso projeto.